O Festival Luísa Todi - Canto Lírico em Setúbal decorre 4 janeiro a 2 de fevereiro de 2025.
O Festival é organizado pela Câmara Municipal de Setúbal e pela Associação Setúbal Voz, e tem previstas 16 iniciativas, entre espetáculos e workshops, com o objetivo de celebrar o canto lírico e prestar homenagem à cantora lírica Luísa Todi, considerada a cantora lírica portuguesa mais célebre de todos os tempos, nascida a 9 de janeiro de 1753, em Setúbal.
O festival vai contar com a participação dos cantores líricos Carlos Guilherme, Carla Caramujo, Constança Melo, Graça Reis, Gonçalo Martins, Diogo Oliveira, Helena de Castro, João Merino e Mariana Chaves.
Outros artistas:
-Academia de Dança Contemporânea de Setúbal;
-Ateliê de Musicais para Jovens;
- Coro Setúbal Voz;
-Eduardo Jordão (piano);
-Gonçalo Simões (piano);
-Pedro Oliveira Lopes (piano);
-Tiago Mileu (piano).
Orquestra do Festival Luísa Todi:
- Diego Swallow, Eurico Cardoso, João Pedro Souza, Matilde Gonçalves, Miguel Vaz, Rita Nunes (1.ºs violinos);
- Débora Caracol, Jorge Vinhas, Joana Gomes, Raquel Botelho (2.ºs violinos);
- Bruno Silva, Jeanne Antonyuk, Joana Moser (violetas);
- André Rocha, Maxim Doujak, Tomás Silva (violoncelos);
- Diogo Amorim, Diogo Dias, Constança Silveira (contrabaixos);
- Maria Felicidade (flauta);
- Mário Cabica (clarinete);
- Pedro Rego (saxofone);
- Tiago Paraíso (fagote);
- Pedro Almeida (trompete);
- Miguel Oliveira (trompa);
- Pedro Araújo (percussão);
- Fábio Marques (arranjos musicais).
André Martins
Presidente da Câmara Municipal de Setúbal
Jorge Salgueiro
Diretor Artístico do Festival Luísa Todi
Jorge Salgueiro é o compositor português vivo com mais óperas representadas num total de 17. Foi diretor artístico em várias destas óperas e em algumas fez também o texto e/ou a encenação e/ou a direção musical. É diretor artístico da Associação Setúbal Voz desde 2017. De 2000-2010 foi compositor residente da Marinha Portuguesa. De 2000-2022 foi membro da direção artística do Teatro O Bando. De 1998-2023 foi compositor residente da Foco Musical. Compõe regularmente desde os 14 anos, sendo autor de mais de mil obras entre as quais 8 sinfonias, diversa música para orquestra, banda, coro, de câmara, para teatro, cinema, bailado e para crianças. Dirigiu mais de 40 formações diferentes, sendo de destacar a Orquestra Sinfônica da Bahia [BR], Orquestra Nacional do Porto (atual Casa da Música), Orquestra do Norte, Orquestra Clássica da Madeira, Pop Up Choir [UK], Coro Valdeluz Madrid, Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul [BR], Orquestra de Sopros da ESML, Banda Sinfónica Portuguesa, Orquestra de Bandolins da Madeira, Banda Sinfónica da GNR. Tem larga experiência na organização de eventos com centenas de participantes onde se destaca O GIGANTE (evento com 600 músicos comemorando os 600 anos da Madeira no Estádio dos Barreiros), A POMBA DE PICASSO no AWD dome de Bremen com Banda da Armada Portuguesa e bandas de todo o mundo, a ópera o PINO DO VERÃO na encosta do Castelo de Palmela e a ópera DEU-LA-DEU na encosta do castelo de Monção. Compõe para crianças desde 1998, sendo percussor das audições musicais participadas e autor de vasta literatura sinfónica e de câmara nesta área, sendo de destacar a fábula sinfónica A QUINTA DA AMIZADE. Na juventude, como instrumentista em trompete, integrou a Orquestra de Jovens da Comunidade Europeia, Orquestra de Jovens do Mediterrâneo, Orquestra Sinfónica Juvenil, entre outras, e ganhou o 1.º Prémio de nível superior da Juventude Musical Portuguesa.
Aldo Brizzi
Maestro
Aldo Brizzi estudou regência com Sergio Celibidache e Leonard Bernstein, estética e semiótica na Universidade de Bolonha com Umberto Eco onde conseguiu o doutorado cum laude.
Trabalhou com Giacinto Scelsi e Ennio Morricone.
Foi regente principal do Ensemble dos Ferienkurse em Darmstadt e diretor musical dos festivais de Turim e “Scelsiana” em Palermo e é atualmente diretor musical do Núcleo de Ópera da Bahia.
Regeu orquestras como as cordas da Berlin Philharmoniker, a Bamberger Symphoniker, Orquestra Filarmônica de Radio France em Paris, Orchestra Filarmónica de Turim, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Nacional de México, a orquestra do Teatro Massimo de Palermo, a Orquestra da Camara de Santa Cecilia de Roma.
Lançou "Brizzi do Brasil", álbum com canções originais de Aldo interpretados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Teresa Salgueiro, etc.
Ele escreveu obras sinfônicas interpretadas pela Baden-Baden Radiosymfonie Orchestra, Orchestre Philharmonique de Radio France, Danish Radio Orchestra, Teatro La Fenice - Veneza, Berlin Philharmonic Chamber Ensemble, European Union Youth Orchestra, Arditti String Quartet e muito mais.
Brizzi escreveu, com Alfredo Arias, a ópera "Mambo Místico", produzida pelo Teatro Nacional de Chaillot, em Paris e apresentada mais que 50 vezes na Europa, “Gabriel et Gabriel” ópera de câmara para público juvenil estreada em Paris em 2014 e apresentada também dezenas de vezes em várias cidades, "Ópera dos Terreiros” em colaboração com Jorge Portugal, uma orquestração moderna para vozes, coro e 13 instrumentos de "Treemonisha" de Scott Joplin, apresentada no Brasil e em Portugal e a ópera cômica “Jelin”, estreada em Itália e filmada pela TV francesa, “Amor Azul” uma ópera escrita com Gilberto Gil, estreada em forma de concerto em Paris com coro e Orquestra Filarmônica de Radio France em 2022.
Gravou música de Scelsi com o Coro e a Filarmônica de Radio France Orchestra, pelo filme "Le premier mouvement de l’immobile” vencedor de prêmios internacionais.
Aldo também foi premiado com o "Diapason d'or", "Ano Europeu da Música" (Festival d'Autumne Paris, WDR de Colônia e Bienal de Veneza), A. Hepburn Fundação (EUA), um disco de Ouro (EMI) e muitos outros prêmios Recebeu comissões de Donaueschingen Musik Tage, Fundação Gulbenkian, Radio France, Ministère de la Culture da França, cidade de Bielefeld, de Alessandria (Itália), SACEM, Universidade Nova Lisboa, etc.
Carla Caramujo
Soprano
A soprano portuguesa Carla Caramujo é formada pela Guildhall School of Music and Drama e Royal Conservatory da Escócia, onde concluiu o seu mestrado em Curso de Performance e Ópera com distinção. Ela é também uma Artista Samling.
Carla é vencedora do Prémio Nacional Luísa Todi (Portugal), Musikförderpreis der Hans-SachsLoge (Alemanha), Chevron Excellence, Ye Cronies e Dewar Prémios (Reino Unido).
Estreou-se no papel de Gilda em Rigoletto no
Teatro Nacional de S. Carlos (Lisboa) onde posteriormente desempenhou as funções de Contessa Folleville (Il Viaggio a Reims), Clorinda (La Cenerentola), D. Anna (Don Giovanni), Adele (Die Fledermaus), Lisette (La Rondine) e Princesa (L'Enfant et les Sortilèges).
Participou no elenco de Un Moto di gioia, Concerto de Mozart Árias de Anne Teresa De Keersmaeker com os portugueses Ballet Nacional (CNB) e orquestra barroca Divino Sospiro. Trabalhou com encenadores e maestros como Emilio Sagi, Paul Curran, Katharina Thalbach, André HellerLopes, Annilese Miskimmon, James Bonas, Antonio Pirolli, João Paulo Santos, Julia Jones, Domenico Longo, Joana Carneiro, Tobias Volkmann, José Miguel Esandi, Johannes
Stert, Nicholas Kraemer, Marcos Magalhães, Alexander Polyanichko, Pedro Neves, Pedro Carneiro, Nuno Coelho, Jorge Matta, Yi-Chen Lin, Priscila Bomfim e Christian Curnyn.
Carla Caramujo gravou o Requiem de Pedro Camacho para Inês de Castro, finalista das nomeações para os Grammy 2019, Canções Completas de António Fragoso com o pianista João Paulo Santos (Framart 2018), Domitila de João Guilherme Ripper com Toy Ensemble (MPMP 2020) e Il Mondo della Luna de
Avondano com Os Músicos do Tejo (Naxos 2020).
Créditos imagem: Sónia Godinho
Companhia de Ópera de Setúbal
A COMPANHIA DE ÓPERA DE SETÚBAL nasceu em 2020 por iniciativa de Jorge Salgueiro, resultante do trabalho desenvolvido no Ateliê de Ópera de Setúbal e no Coro Setúbal Voz. É uma formação constituída por profissionais (Constança Melo, Diogo Oliveira, Gonçalo Martins, Helena de Castro, João Merino, Mariana Chaves) e que conta também com a participação de não-profissionais e estudantes do Ateliê de Ópera, recorrendo a convidados, quando necessita de completar elencos. Teve a sua primeira produção em julho de 2020, com o espetáculo OS FANTASMAS DE LUÍSA TODI; em dezembro de 2020 surge a segunda criação VINGANÇA - UMA ÓPERA DO TEMPO DA TODI E DA MADONNA; em julho de 2021, a terceira criação A NAVE DOS DIABOS; em novembro do mesmo ano, ANIMAIS, BICHOS E CRIATURAS - UMA ÓPERA PARA ASSUSTAR OS ADULTOS E DIVERTIR AS CRIANÇAS; em julho de 2023, A FLAUTA MÁGICA, e, em dezembro de 2023, CARMEN. Tem programadas 4 óperas para o biénio 2023/2024. A primeira estreou em julho de 2023, “MAUTEMPO EM PORTUGAL”, a segunda em dezembro de 2023, “1911, A CONSPIRAÇÃO DA IGUALDADE”, a terceira em abril 2024, “1976, A EVOLUÇÃO DOS CRAVOS” e a quarta em novembro 2024, “2030, A NOVA ORDEM”. Conta reavivar a tradição operática em Setúbal, terra natal da maior cantora lírica portuguesa de todos os tempos, Luísa Todi. As suas produções procuram uma ligação entre a tradição, o repertório histórico e a contemporaneidade, com base, essencialmente, em criações originais. É pioneira em levar a ópera a bairros sociais (ÓPERA NO MEU BAIRRO, desde 2021) e no conceito e criação de ÓPERA PARA BEBÉS (mensalmente desde 2024).
Coro Setúbal Voz
O CORO SETÚBAL VOZ foi fundado em 2016. Aborda repertório tradicional, mas essencialmente obras contemporâneas. A sua principal característica é a importância que dá à presença em cena e à dramaturgia em concerto. Integra frequentemente as criações da Companhia de Ópera de Setúbal e é atualmente constituído por 70 membros. Da sua história artística destacamos em 2016 o espetáculo “Vozes & Fado”; em 2017 o concerto em Madrid, em 2018 o videoclipe “Musa ensina-me o canto”; em 2019 os concertos no Funchal e no Festival de Canto Lírico de Guimarães e os espetáculos “Purgatório, A Divina Comédia” no Convento de S. Francisco em Coimbra e no Teatro Nacional D. M.ª II e as participações no Film Fest de 2019 e 2021.
Em 2023 atuou na Sala do Senado da Assembleia da República.
Eduardo Jordão
Pianista
Eduardo Jordão é diplomado em piano pela Escola Superior de Música de Lisboa. Obteve o 1º Prémio no “1oº Concurso Lopes-Graça, Disciplina de Piano”.
Apresentou-se como solista com a Orquestra da ESML e com a Orq. do Norte.
A solo e em agrupamentos de câmara tocou em França, Itália, Inglaterra, Irlanda, Alemanha e Brasil. Em Portugal Continental e Ilhas apresentou-se em diversos palcos de norte a sul, tais como: Aula Magna, Auditório Fernando Lopes-Graça, Teatro Ibérico, Teatro Joaquim Benites, Teatro Micaelense, Fórum Luisa Todi, Auditório Senhora da Boa Nova, Centro Cultural Vila Flor, Rivoli, Teatro Camões e Centro Cultural de Belém.
Mantém, desde 2007, com o pianista João Vasco o duo “20Fingers” (pno a 4 mãos) que explora música desde o estilo clássico ao jazz. Gravou em 2014 com a cantora Joana Rios o seu 1º disco de canções originais, intitulado "Retrato a Cores". Em 2018, apoiado pela DGArtes, lançou em Lisboa e em Paris, juntamente com o violoncelista Samuel Santos, o seu segundo disco, intitulado “Canções sem palavras”, que contém a obra para violoncelo e piano do compositor português Eurico Carrapatoso. Também com o apoio da DGArtes, chegou em 2020 o registo fonográfico do recital “20Fingers – de Mozart a Chico Buarque”, este trabalho foi apresentado no Festival Internacional de Piano do Algarve e levado em tournée pelo Brasil no Verão de 2021. Em 2024 está marcada uma tournée de 8 concertos pela China.
Colabora regularmente com a Associação Setúbal Voz, fazendo parte da equipa artística fixa, na qual desempenha a função de pianista acompanhador.
Colaborou como pianista, compositor e arranjador com vários grupos provenientes de diversos universos musicais, tais como: Couple Coffee, Rumos Ensemble, Coro Infantil e Juvenil do Instituto Gregoriano de Lisboa, Solistas de Lisboa, Orquestra Sinf. Portuguesa, Colorado All State Choir, entre outros.
É, desde 2002, professor no Conservatório Reg. de Setúbal, onde também coordena o departamento de piano.
Graça Reis
É cantora solista e diretora do Núcleo de Ópera da Bahia (NOP).
Formada em canto na UFBA, se especializa em Berlim com Turid Karlsen.
Em 2001, grava o CD para canto e piano de Deolindo Froes (1864-1948). Em 2003, numa temporada em Salvador, canta com Caetano Veloso, Arnaldo Antunes e no Festival Sons do Exílio em São Paulo.
Em 2005 é La Mirada em Mambo Místico, ópera de Alfredo Arias e Aldo Brizzi, no Théâtre de Chaillot em Paris, depois apresentada 55 vezes na Europa. Em 2007-2013 turnês de concertos na América do Norte e do Sul, Europa, África (incluindo Southbank Centre em Londres, Ópera do Cairo, Auditório Nacional na Cidade do México, Palazzo Reale, Milão; Montreux Festival, TV Atzeca (Mexico), RNE (Madrid), e RadioUno RAI.
Em 2012 é protagonista da ópera “Alter” (representada em 8 cidades na França).
Em 2014 é Nana em "Gabriel et Gabriel" (20 apresentações em Paris) com direção cénica de John Dew.
Em 2015 canta “Wesendonck Lieder” de Wagner em Nice e faz uma turnê com o celebre acordeonista Gianni Coscia (artista ECM) com músicas de Kurt Weill, Villa-Lobos e Gershwin.
Em 2016-17 é a protagonista da ópera Treemonisha (em Salvador e Lisboa) com o Núcleo de Ópera da Bahia e participa na turnê “Preludio” com o NOP ao lado de Gilberto Gil e Aldo Brizzi cantando no Barbican em Londres, Finland Talo em Helsinque, Basel, Reggio Calabria, Rai Milão etc.
Em 2019 o Requiem de Mozart em Turim, Poulenc e Villa-Lobos em Florença e na “Ópera dos Terreiros” em Grenoble, Roma e em 2020, na Concha Acústica em Salvador.
Em 2021 é Maria em Jelin, gravada em Alessandria por France TV. Esta ópera foi depois apresentada em outras três cidades da Itália e em Salvador.
Em 2022, em Paris é Sakhi em “Amor Azul”, ópera de Gilberto Gil e Aldo Brizzi, gravada por France TV. Sempre em 2022 é Pamina na Flauta Mágica em Salvador e Oxum e Dona do Tempo na “Ópera dos Terreiros" no Theatro de Paz, em Belém, ópera depois retomada em Salvador em 2023 e gravado por France Télévision.
Em 2024 canta em Amor Azul, ao lado de Gil, os cantores do Núcleo de Ópera da Bahia o coro juvenil da OSESP e a OJESP na Sala São Paulo.
Helena de Castro
Soprano
Licenciatura e Mestrado em Ópera na Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo, na Alemanha. Iniciou a sua carreira como solista no Teatro de Bremerhaven, em 2015. Do seu repertório, destacam-se os papéis operáticos de “Zerlina”, em Don Giovanni de W.A.Mozart; “Norina”, em Don Pasquale de G.Donizetti; “Gretel”, em Hänsel und Gretel (Versões em português e em alemão) de H.Humperdinck; “Tirésias” em Les Mamelles de Tirésias e “Elle” em La voix humaine de F.Poulenc; “Violetta” em La Traviata e “Gilda” em Rigoletto de G.Verdi e “Angelica” em Suor Angelica de G.Puccini. Em Oratória, enquanto solista, participou em obras como “Actus Tragicus”, Magnificat, Weinachtsoratorium e Johannes-Passion de J.S.Bach; Requiem de W.A.Mozart, “Membra Jesu Nostri” de G.Buxtehude; “The Messiah”, de G.F.Händel; “Paulus” de F.Mendelssohn, “Christus am Ölberge” de L.Van Beethoven e deste último compositor, prepara a sua estreia na Nona Sinfonia em Abril de 2023. Fez ainda cursos de aperfeiçoamento com Claudine Ansermet, Sandra Medeiros, Elisabete Matos, James Hooper, Doreen Defeis, Reri Grist e Edda Moser. É detentora dos prémios “Berenberg Preis” (Hamburgo 2013), LMN – Live Music Now - Música de Câmara (Hamburgo 2014) e do 2º Lugar no XIX Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa (Lisboa 2016). Em 2012 fundou o projecto "Bruma Ensemble", sendo responsável pela primeira apresentação de ópera produzida nos Açores, por açorianos e em 2022 fundou a CODA (Companhia de Ópera dos Açores) da qual é diretora Artística. Atualmente frequenta o Mestrado em Ensino na Escola Superior de Música de Lisboa e leciona paralelamente as disciplinas de Canto, de Estúdio de Ópera e de Arte de Representar no Conservatório Regional de Ponta Delgada.
É membro da Companhia de Ópera de Setúbal.
Mariana Chaves
Soprano
Frequenta atualmente a licenciatura em canto na Escola Superior de Música de Lisboa, onde é acompanhada pela professora Sílvia Matheus. Em 2022, foi vencedora do CONCURSO SETÚBAL VOZ PARA JOVENS CANTORES DE ÓPERA e concluiu o 8.º grau no Conservatório Regional de Palmela, na classe de canto da professora Lucina Morais. É membro da Companhia de Ópera de Setúbal, tendo realizado um recital individual em janeiro de 2023, na Igreja do Convento de Jesus, fazendo parte dos elencos para o biénio 2023/2024 integrou o elenco principal de 4 óperas. Desde muito cedo, cerca dos 4 anos de idade, iniciou-se a cantar no coro da Casa do Povo de Corroios e integrou o Coro Juvenil de Lisboa em diversas produções de ópera, no Teatro Nacional de São Carlos.
Tiago Mileu
Pianista
Tiago Mileu, pianista, frequenta a licenciatura de Piano na ESML tendo obtido a classificação máxima nas provas de admissão.
Apresentou-se a solo em lugares como o Centro Cultural de Belém, Casa da Música (Porto), Teatro Nacional de S. Carlos, Teatro Nacional D. Maria II, Palácio Nacional da Ajuda, Palácio Galveias, Museu Nacional da Música – com diversas transmissões de recitais, em directo e diferido, pela RTP Antena 2.
Venceu diversos prémios em concursos internacionais em Portugal, Espanha, França e Polónia.
Aperfeiçoou-se com mestres como Sequeira Costa, Dina Chevtchuk, Galina Eguiazarova, Alicia Dubrowski.
Figurou em reportagens, entrevistas e noticias dadas pelos principais canais de televisão, rádio e imprensa.
Colabora regularmente com diversos cantores e instrumentistas de renome.
É artista residente na Fábrica do Braço de Prata, e programador artístico do OPERA(RIO) Ciclo de Canto Lírico.
É pianista acompanhador na Universidade de Évora e no Conservatório Regional de Évora - Eboræ Mvsica.
Pedro Pina
Vereador da Cultura, na Câmara Municipal de Setúbal
Academia de Dança Contemporânea de Setúbal
Fundada em 1982, por Maria Bessa e António Rodrigues, que a dirigiram entre 1982 e 2003. Foi sua preocupação desenvolver um ensino de acordo com os princípios orgânicos inerentes a todas as formas de movimento.
Foi intenção dos fundadores da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal (ADCS), desde o início e expresso através das disciplinas e planos de estudo, dar aos alunos a possibilidade de adquirirem a proficiência necessária ao desempenho da profissão de bailarino, e torna-los aptos a competir de igual para igual no mercado internacional, independentemente das características próprias de uma companhia de dança profissional, e, ao mesmo tempo, manterem presentes e desenvolverem as suas potencialidades criativas.
O ensino simultâneo, desde o primeiro ano deste curso, de técnica de dança moderna, dança clássica e improvisação, uma inovação no nosso País, permitem esses objectivos.
Os bailarinos profissionais formados por esta escola, que ingressaram em companhias de características clássicas ou contemporâneas, assim como os prémios com que foram distinguidos em coreografia, são a concretização e testemunho dessa intenção.
A ADCS tem como objectivo fundamental a formação de bailarinos profissionais, através de um ensino ministrado por profissionais. É titulada pela Associação Academia de Dança Contemporânea (AADC), instituição privada sem fins lucrativos, constituída por pessoas interessadas no projecto educativo definido para a escola, entre os quais se contam nomes da dança e da cultura portuguesa. É equiparada a instituição de utilidade pública desde 1983. O seu plano de estudos é publicado em Diário da República em 1985. Desde 1986 é patrocinada pelo Ministério da Educação e em 1997 é-lhe concedida autonomia pedagógica.
A ADCS, ao longo dos anos tem tido ajudas de diversos organismos, nomeadamente da Câmara Municipal de Setúbal (CMS) através da cedência de instalações – de 1987 a 2001 a Academia funcionou num pavilhão da CMS no Largo José Afonso e, desde 2006, funciona numas instalações provisórias cedidas pela CMS em parceria com a Fundação Escola Profissional de Setúbal. Entre 2001 e 2006, a Casa do Professor, o INATEL, o Instituto Português da Juventude, a CeDeCe-Companhia de Dança Contemporânea e sobretudo a EDP, disponibilizando instalações, possibilitaram a sobrevivência da Academia. Do Governo Civil de Setúbal, da SECIL, da Navigator, CitYPrint entre outros, tivemos também alguns apoios de carácter pontual. A empresa Tela Negra tem colaborado com a ADCS em quase todos os espectáculos de escola ou da Pequena Companhia/ Little Company.
Ateliê de Musicais
O Ateliê de Musicais da ASV é dedicado a jovens e irá produzir pelo menos um musical por ano. O projeto tem o apoio da Junta de Freguesia de São Sebastião, e os ensaios regulares são às terças-feiras às 20h30 no Auditório Bocage. O objetivo é dar a conhecer, desenvolver e estimular os jovens para as artes de palco, nomeadamente a dança, o teatro e em especial o canto lírico. Está aberto a todos os jovens até aos 20 anos.
Carlos Guilherme
Barítono
Nasceu em Lourenço Marques, Moçambique. Estudou com John Labarge no Conservatório Regional do Algarve e foi cantor residente do Teatro Nacional de São Carlos de 1980 a 1992.
O seu repertório inclui 40 papéis principais em cerca de 80 óperas, recitais e concertos por todo o país sendo de realçar a sua assídua colaboração com o Círculo Portuense de Ópera.
A partir de 1987 foi convidado a cantar noutros países tais como os Estados Unidos, Brasil, Moçambique, Bélgica, França e Israel.
Gravou em CD A Canção Portuguesa, com Armando Vidal e um CD com árias de ópera acompanhado pela Orquestra do Norte. Além das principais orquestras portuguesas, colaborou com a Orquestra de Câmara de Pádua, do Comunal de Bolonha, Filarmónica de Moscovo e Sinfónicas de Budapeste, de S. Francisco, de Israel de Pequim e de Shangai.
Em Abril de 2001 estreou-se em Itália no Teatro Rossini. Voltou a Itália em 2005 para cantar nos teatros comunais de Ferrara e de Modena.
Em 2003, Carlos Guilherme actuou em Coimbra com o tenor José Carreras.
Melhorou a sua técnica vocal com Marimi del Pozo, Gino Becchi, Campogalliano, Claude Thiolass e Regina Resnik.
Autor de vários discos, fez parte do Duo Romeu e Julieta, obtendo grande sucesso com a música Quando o coração chora, com letra de Luís Arriaga. O álbum Histórias de amor saiu em 1991. Em 1993 lançou Canções em Português e, em 2006, Encontro, em conjunto com Anabela.
Recebeu o Prémio Tomas Alcaide, em 1984.
Foi há 40 anos que arrancou a carreira de Carlos Guilherme, que é por muitos considerado um dos mais talentosos cantores líricos portugueses. Para celebrar a sua carreira, apresentou um concerto especial no Centro Cultural de Belém (Lisboa), em Setembro de 2011.
Apresenta-se regularmente em recitais e participa há décadas ininterruptamente em todas as temporadas do Teatro Nacional de São Carlos.
Constança Melo
Soprano de Coloratura
Nascida a 06 de Janeiro de 2003, começou os seus estudos em 2016, com a sua atual Professora Mezzo-Soprano de Nacionalidade Ucraniana, Larissa Savchenko. Participou no Concurso Nacional “Got Talent Portugal” em 2015, onde ganhou o botão dourado, oferecido pela mentora Sofia Escobar, chegando às finais. Fez várias aparições em palco na Europa e fora, tais como: - Convento de Ugljan (Croácia), ISEG, Teatro Amazonias (Brasil, Manaus), Teatro Joaquim d’Almeida, entre outros(...). Com apenas 13 anos, teve nota máxima no exame de entrada do Conservatório Nacional de Lisboa e nos anos seguintes, conquistou vários pontos do mundo em concursos, como o “Concorso Lirico Virtuale SOI Fiorenza Cedolins” em Itália (2020), onde em 2020, conseguiu classificação como finalista na “Villa Medici Giulini”, em Milão. Participou num concerto como solista, com a orquestra barroca “I Solisti Veneti”, dirigida pelo Maestro Italiano Giuliano Carella, na basilica de Santo António, em Pádua. É sócia honorária do Rotary Clube Lisboa Centro. Conquistou também altos valores e prémios em competições internacionais, como o Concurso de Canto Lírico de Lousada e Cascais Ópera, onde recebeu consequentemente uma Masterclass em Espanha com a grande Soprano Mariella Devia e uma participação como solista no Festival de Música de Mafra, em 2025. No final de 2024 conta com vários projetos, entre eles, participação como “Barbarina”, em “Le Nozze di Figaro” , no TNSC e um lançamento de um CD de nomeadas canções do compositor português, João Camacho. Está, atualmente no segundo ano de ensino do curso de música, no Conservatório Nacional (EMCN), com a professora Larissa Savchenko.
É membro da Companhia de Ópera de Setúbal.
Elisa Bastos
Soprano
Elisa Bastos iniciou os seus estudos musicais aos 5 anos de idade, concluindo o curso secundário de música com média de 18 valores.
Ingressou na universidade de Évora em 2022, onde estuda atualmente com a professora Liliana Bizineche.
Colaborou como solista com a Orquestra Clássica de Évora, Orquestra do Conservatório de Música de Gondomar, Banda Musical de Gondomar, Banda Musical de Mancelos, Orquestra Infanta Dona Mafalda, Banda Musical de Oliveira, Grupo de Câmara da Banda Musical de Oliveira, entre outros.
Participa ativamente do grupo EMAR, atuando em eventos e salas como Exponor; Expo Gondomar; Sala d'Ouro e Sala principal do Multiusos de Gondomar; Auditório dos Plebeus Avintenses; Auditório da Escola Dramática e Musical de Valbom; Auditório Vasco da Gama, entre outros.
Participou em diversos concursos, conquistando o 1° prémio no Concurso Setúbal Voz para Jovens Cantores de Ópera; 2° prémio no London Internacional Competition e 3° prémio no Mozart International Competition Vienna.
Participou em masterclass e workshops de aperfeiçoamento cénico e interpretativo com Rafaela Albuquerque, Liliana Bizineche, Jorge Balça e Eleonora Pacetti.
Em 2024, colaborou com a Companhia de Ópera de Setúbal na estreia da ópera "2030, A Nova Ordem" do compositor Jorge Salgueiro.
Gonçalo Martins
Barítono
Gonçalo Simões Martins, atualmente com 19 anos, frequenta a licenciatura em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa na classe do professor Armando Possante. Concluiu o 5° grau de oboé e ainda o 8° grau em canto na classe do professor Luís Rendas Pereira, ambos em regime articulado no Conservatório de Música e Artes do Dão.
Do seu percurso artístico destaca a participação como coralista na ópera "Carmen" de Bizet no Operafest, o terceiro lugar no 11º Concurso Fundação Lapa do Lobo e ainda os vários musicais feitos ao longo de sete anos na Contracanto Associação Cultural.
É membro da Companhia de ópera de Setúbal e recentemente estreou-se no elenco principal da ópera "1976, A Evolução dos Cravos" e "2030, A Nova Ordem", da Associação Setúbal Voz. Frequenta ainda o coro Ricercare dirigido por Pedro Teixeira.
Diogo Oliveira
Barítono
Reside em Setúbal. Estudou canto com José Carlos Xavier, no Conservatório Nacional, e com Sarah Walker, Rudolph Knoll, Low Siew-Tuan e Ernesto Palácio. Em 2005, foi vencedor do primeiro prémio do Concurso Nacional de Canto Luísa Todi. Participou em centenas de concertos, peças de teatro, recitais, oratórias, musicais e cantou dezenas de papéis operáticos em praticamente todas as salas do país, incluindo CCB, Fundação Gulbenkian, sendo presença habitual no Teatro Nacional de São Carlos. Já cantou em vários teatros em todo o mundo, sendo de destacar: Teatro del Canal em Madrid, Teatro Real de Madrid, Auditório da Universidade Carlos III em Leganés, Festival “Printemps des Arts” em França, Festival de Woodhouse em Londres. No âmbito do Teatro Musical, desempenhou o papel de Phantom em O Fantasma da Ópera, em digressão por toda a Alemanha, onde cantou em mais de 100 salas. É membro da Companhia de Ópera de Setúbal e professor do Ateliê de Ópera de Setúbal na Associação Setúbal Voz.
João Merino
Barítono
Formado em canto pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, com a classificação final de 19 valores, possui Especialização em Técnica Vocal na Classe do Professor Francisco Lázaro em Barcelona. Laureado com o Prémio Eng. António de Almeida, atribuído aos melhores alunos. Leciona no Conservatório Regional de Montijo, tendo sido professor em diversas escolas.
Como cantor, fez parte do Programa de Jovens Intérpretes no Teatro Nacional S. Carlos, em Lisboa e tem desenvolvido carreira como solista em Portugal, Espanha, França, Holanda, Itália, Inglaterra e Alemanha. Trabalhou como Diretor de Produção com a Fundação Cupertino de Miranda. É membro da Companhia de Ópera de Setúbal e professor do Ateliê de Ópera de Setúbal, na Associação Setúbal Voz.
Pedro Oliveira Lopes
Pianista
Licenciado pela Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Porto, na classe de Pedro Burmester, Pedro Lopes frequentou o Mestrado em Piano - Música de Câmara sob a orientação de Peter Orth e do Quarteto Auryn na Hochschule für Musik Detmold - Alemanha.
Tem ganho vários prémios em Concursos Nacionais. Em 2013 ganhou o Prémio de Melhor Pianista Acompanhador do 7o Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, bem como o Prémio Helena Sá e Costa, edição especial comemorativa dos 100 anos do nascimento da artista. Foi vencedor do Concurso Auryn nas edições de 2017 e 2018, na categoria de Música de Câmara com piano. Foram vários os músicos que influenciaram fortemente a sua formação, sendo alguns deles: Fausto Neves, Luiz de Moura Castro, Joop Celis, Miguel Borges Coelho, Tatjana Masurenko, Sven Arn Tepl, Thomas Christian, António Saiote, entre outros.
Para além da actividade como pianista também estudou canto, com Dora Rodrigues. Integrou o Coro Casa da Música e o Grupo Vocal Cupertinos (o último com direcção musical de Luís Toscano), tendo já sido dirigido por maestro como Paul Hillier, James Wood, Laurence Cummings, Gregory Rose, Baldur Brönniman, Olari Elts, Kaspars Putnins, Christoph König, Peter Rundel, entre outros.
Em 2019 foi, com o Ensemble Cupertinos, galardoado com o Prémio Gramophone na categoria de Música Antiga com o álbum "Cardoso - Requiem, Lamentations, Magnificat & Motets", lançado pela discográfica Hyperion como o primeiro de uma série de 3 discos dedicados a compositores portugueses da Renascença. Foi também, com o mesmo grupo, nomeado na Categoria de Música Erudita na primeira edição dos Prémios RTP Play (2020).